sexta-feira, 2 de maio de 2008

Uma avaliação dos amores que eu senti.

Passei minha vida amando sem ser amada, buscando e acreditando em um ideal de amor que só existe na minha cabeça. É muito fácil para mim amar, muito simples me importar e desejar estar com essa pessoa.

Passei meus anos vivendo de ilusões, acreditando que uma hora quem eu amava iria se importar comigo, perceber o quanto era importante para mim, que o meu amor seria suficiente para nós dois. Que bobagem, que coisa mais louca.

Passei minha vida esperando ser correspondida, ser entendida, ser especial para alguém.

Hoje, tenho consciência de uma coisa: o amor que eu sinto ninguém jamais irá sentir por mim, porque esse meu modo de amar é só meu, único, intangível. Somente eu sei amar dessa forma, aceitando a pessoa amada exatamente do jeito que ela é, sem querer mudar nada em sua personalidade, sem me importar com seus defeitos. Só eu amo dessa forma desesperada, idolatrada.

Sei que jamais serei especial para alguém como os homens que eu amei foram para mim, é muito doloroso saber que eu tive que esquecer cada um deles, que eu nunca pude estar na presença deles, que eu nunca signifiquei nada na vida deles. É muito doloroso olhar para trás e constatar tudo isso.

Hoje, estou aqui amargando essa dor, sei que uma hora ela irá passar, já passei por isso tantas vezes, mas sempre que isso acontece uma parte boa de mim vai embora e tenho medo que por isso eu não tenha percebido que alguém realmente me amou ou que existe alguém que me ama.

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